Nem tudo que borbulha é champanhe.
Vinhos espumantes: conheça suas características
Com a temperatura esquentando e as festas de fim de ano se aproximando, os espumantes voltam a dominar as mesas. Mas a verdade é que muita gente não sabe a diferença de um champanhe para outros vinhos desse tipo.
Antes de tudo, é importante entender que o espumante é elaborado a partir de duas fermentações alcoólicas. A primeira é a mesma que se faz para produzir um vinho comum. A segunda, a que propicia a formação das famosas borbulhas.
Existem dois métodos para se elaborar um espumante. O tradicional e mais antigo, champenoise, é usado para fazer o champanhe. Em sua produção, a primeira fermentação das uvas acontece nos tanques de inox e a segunda, na garrafa.
Já no charmat também existe uma segunda fermentação, mas ela acontece dentro dos tanques de aço inoxidável de alta pressão.
O que é um champanhe então? Frequentemente, o nome champanhe é usado de forma equivocada para referir-se a qualquer tipo de espumante. Mas, na verdade, só os espumantes produzidos na região de Champagne, na França, podem ser chamados assim. Em seu preparo, são usadas três uvas principais: as tintas pinot noir e pinot meunier e a branca chardonnay (branca). Se o vinho for produzido apenas com espécie branca será chamado de “blanc de blanc”; e só com tinta “blanc de noir”.
Outros espumantes famosos: Prosecco: produzido no Vêneto, na Itália, é normalmente elaborado pelo método charmat. Esse vinho leva o nome da uva com a qual é elaborado se chamava prosecco — que agora chama-se glera. Alguns espumantes brasileiros conseguiram manter o direito de usar o nome prosecco no rótulo porque já o rotulavam assim há muito tempo — mas é uma exceção.
Cava: espumantes espanhóis produzidos pelo método champenoise, principalmente na Catalunha. São feitos com as uvas nativas: xarel-lo, parellada e macabeo. Asti: espumantes doces italianos, feitos com moscato bianco di canelli, a principal uva branca do Piemonte. Se diferencia dos demais pelo fato de ter uma única fermentação. Em sua produção, o suco da uva é fermentado com leveduras em autoclaves, com temperatura controlada. Esse processo é interrompido quando existe uma quantidade suficiente de gás na bebida, mas com um residual de açúcar ainda elevado. É intensamente aromático e tem baixo teor alcoólico. No Brasil, chamamos o mesmo espumante de moscatel.
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